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Economia

Fluxo nos shopping centers cai 9% em abril, de acordo com IPV

Apesar da retração no fluxo de visitantes, faturamento cresceu 1% no período

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O fluxo de visitação no varejo físico apresentou retração em abril de 2024. Ao passo que os Shopping Centers retraíram 9% na comparação com abril de 2023, as lojas físicas também tiveram queda de 10% no período. Porém, os tipos de estabelecimentos tiveram performances distintas: enquanto o fluxo nas lojas situadas em shopping centers recuou 12%, as unidades localizadas na rua surpreenderam, com crescimento de 4% frente ao ano anterior. Já na comparação com março deste ano, o movimento caiu 7% e 3%, respectivamente. Os dados são parte do IPV (Índice de Performance do Varejo), pesquisa organizada pelo venture capital HiPartners Capital & Work, em parceria com a Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo (SBVC).

“O mês de abril teve uma performance bastante aquém do esperado. O fato da Páscoa ter acontecido em Março neste ano, pode, em partes, ter comprometido a performance deste mês. De toda forma, a dinâmica no primeiro trimestre reverbera a resiliência do consumo das famílias, movimento que se mantém desde o ano passado e é fruto do mercado de trabalho aquecido, além do crescimento da renda”, afirma Eduardo Terra, presidente da Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo (SBVC).

Fluxo menor em todas as regiões do Brasil

Após um primeiro trimestre positivo para o varejo, as lojas físicas registraram quedas no movimento em todo o país. Os estabelecimentos da região Nordeste foram os mais afetados, com recuo de 14%, na comparação com abril do ano passado. Sul e Sudeste também caíram no período, ambos com declínio de 10%. Na sequência Centro-Oeste, com redução 5% e Norte, com retração de 2%.

Enquanto móveis e eletrodomésticos atraem mais clientes, artigos farmacêuticos crescem em faturamento consecutivamente em 2024 

Na análise ano versus ano, o fluxo de visitação em shopping centers e lojas físicas aumentou em dois dos quatro setores monitorados, com destaque para o segmento de móveis e eletrodomésticos, que cresceu 6%. No caminho oposto, a categoria de tecidos, vestuários e calçados registrou uma queda de 12%. 

Ao analisar as vendas, foi possível constatar aumento em dois dos cinco setores, com os artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos atingindo um crescimento percentual de 6% em abril. Este último tem sido o segmento de maior destaque no ano até agora, registrando crescimento positivo e sustentável desde o início de 2024. Neste quesito, móveis e eletrodomésticos apresentaram diminuição de 14%, ainda que com fluxo maior.

“Após datas comemorativas em março, como o Dia do Consumidor e a Páscoa, abril teve resultados mais tímidos. Mas, ainda que o fluxo tenha sido menor na maioria dos estabelecimentos, o faturamento acumulado do período é de 9%, o que demonstra crescimento e resiliência no setor. Ao adentrar o segundo trimestre, as expectativas é de que datas sazonais como “Dia das Mães” e “Dia dos Namorados” possam impactar diretamente alguns setores, ”, ressalta Flávia Pini, sócia da HiPartners Capital & Work.

Confira mais destaques do levantamento:

Apesar de ter apresentado aumento no Fluxo (+6%), o segmento de “Móveis e Eletrodomésticos” teve queda de 14% nas vendas na comparação com abril de 2023 – em compensação, o faturamento aumentou 4% no período.

O Nordeste foi a região que teve o maior faturamento, com alta de 6% em relação ao mesmo mês do ano anterior; os shoppings da região também foram os que receberam mais fluxo, com alta de 21%. Em compensação, as lojas apresentaram a maior queda de movimento, com recuo de 14%.

Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos segue em destaque com crescimento em todas as análises na comparação com abril do ano passado: +3% em fluxo, +6% em vendas e +10% em faturamento.

 

Imagem: Freepik