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Economia

Em março, fluxo de pessoas em lojas físicas sobe 26% e faturamento 15%

No Mês do Consumidor, lojistas de rua receberam 22% a mais de clientes, enquanto os de shopping centers, 21%

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Pessoas fotografadas de cima andando na rua

De acordo com o Índice de Performance do Varejo, da SBVC e HiPartners, o fluxo de pessoas em lojas físicas em março (mês do consumidor) teve alta de 26% em comparação ao mesmo período de 2023. Em shopping centers em geral, o avanço foi de 18%. Os estabelecimentos de rua apresentaram crescimento de 22% e os de shoppings, 21%. Em comparação com o mês anterior, o fluxo subiu 9% e 5%, respectivamente.

Em relação ao faturamento, o varejo apresentou aumento de 15% em todo o Brasil no mês de março. As lojas de rua tiveram ainda mais detaque, aumentando o faturamento em 18%. 

Com toda essa movimentação, o tícket médio geral também aumentou,  chegando à casa dos 5%, o que representa crescimento de 7% para estabelecimentos de rua e 1% para lojas de shoppings.

“Com previsões um pouco mais favoráveis de crescimento econômico e a inflação ainda sob controle, é crucial mantermos o otimismo no que diz respeito ao ciclo virtuoso de mais consumo, empregos e benefícios para toda a sociedade. Neste primeiro trimestre do ano, o mês de março, sobretudo, já apresentou reflexos desse movimento, com resultados relevantes tanto em aumento de fluxo de consumidores no varejo físico quanto nas transações”, analisa Eduardo Terra, presidente da Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo (SBVC).

Dados por região

Entre as regiões brasileiras, todas apresentaram um crescimento significativo no fluxo de pessoas em lojas físicas em março, seguindo uma tendência nacional. O destaque foi para o Centro-Oeste (35%) e para o Norte (31%).

A região Nordeste, por sua vez, apesar de ter apresentado o menor crescimento em fluxo de visitação (15%), teve as maiores altas tanto em vendas (16%) quanto em faturamento (24%).

Fluxo de pessoas por setor

O fluxo de pessoas aumentou nos quatro setores com dados apurados em março, em comparação anual. 

O destaque foi para o segmento de “Tecidos, vestuário e calçados”, com alta de 28%.

Em relação a vendas e faturamento, o segmento de “Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos” se sobressai, com crescimento de 16% e 22%, respectivamente. 

Por outro lado, como destaque negativo, encontra-se “Móveis e eletrodomésticos”, com redução de 9% nas vendas.

“O alto desempenho constatado no mês de março e o contexto de um fechamento de trimestre com resultados melhores, certamente estimula o aumento da capacidade de retomada de iniciativas de transformação digital que, por conta da necessidade imediata de retorno, ficaram um tanto quanto desaquecidas em 2023. De toda forma, o varejista segue pragmático e demandante por soluções com geração de vantagens reais e efetivas para o negócio, investindo em aspectos estruturantes para garantir sucesso no longo prazo”, relata Flávia Pini, sócia da HiPartners.

Dia do Consumidor: alta, mas com ressalvas

Dados do IPV mostram que, durante o Dia do Consumidor (15 de março), as lojas físicas registraram aumento de 49% no fluxo de pessoas em comparação com o mesmo período de 2023. Tanto as lojas de shopping centers quanto as de rua tiveram alta, ambas com 41%.

No entanto, ao comparar a sexta-feira do Dia do Consumidor com a sexta-feira anterior, houve redução de 8% no fluxo dos shoppings e 7% nas lojas físicas, o que sugere que a celebração em si não impactou diretamente o movimento físico.

Um dos possíveis motivos para a elevação constatada no levantamento pode envolver o dia da semana. No ano passado, o evento aconteceu em uma quarta-feira e, em 2024, em uma sexta-feira, dia tipicamente mais movimentado no varejo.

Cesta básica

O índice de Cesta Básica no E-Commerce (ICB-COM) registrou alta de 9% em relação a março/23. Na variação mensal, houve crescimento de 1%.

Para o indicador do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) da cesta básica, que cobre preços em lojas físicas, houve alta de 4% na variação mensal de março/24, em relação ao mesmo mês do ano anterior.

Imagem: Freepik