Inovação

Para CEO da Pantys, geração Z dá mais valor a propósito do que custo

Emily Ewell ressaltou a importância de ouvir as necessidades do mercado e incluí-las na criação de produtos da marca

Publicado

2 anos atrás

8 de maio, 2023

Por

Pedro Figueiredo

CEO e co-fundadora da Pantys, a primeira marca de calcinhas absorventes da América Latina, Emily Ewell falou à Central do Varejo sobre a importância da conexão entre marca e consumidor. Nativa da internet, a empresa se conectou desde o princípio de sua trajetória com seus consumidores. A CEO da Pantys explica que é importante para os clientes saber como o produto é feito, qual é o impacto causado no mundo e quais são os valores da empresa.

“Eu não sei se é fidelizar ou mais é ter uma relação verdadeira com o consumidor, uma conexão de valores. As gerações mais antigas pensam muito nesse ponto de funcionalidade por custo, isso sempre foi uma conta meio racional. Já a geração Z tem uma mudança cultural, as pessoas estão consumindo mais por valores”, explica.

A Pantys inovou também quando lançou calcinhas para incontinência urinária e cuecas para homens trans. Emily explica como essas necessidades do mercado são mapeadas pelo time da empresa. “Nossa equipe de atendimento faz parte da nossa equipe de marketing, então não é uma função backoffice, operacional. Realmente é uma função de customer insights, bem estratégicos para ouvir pessoas perguntando coisas diferentes”, conta a CEO da Pantys, que qualifica essas perguntas como ouro.

Outras características na formulação dessas inovações é a co-criação e a capilaridade que a presença digital da marca permite. “Por ser uma empresa nativamente digital, a gente não precisa estocar mil lojas no Brasil”, conta.

A Pantys vê ainda a disseminação de informação como uma maneira de prestar serviço. Na visão de Emily, há pouco esclarecimento no que diz respeito à menstruação. Pensando nisso, a empresa disponibiliza conteúdos assinados por ginecologistas. A empresária acredita ser uma maneira de gerar uma conexão genuína com os consumidores. “São meninas que estão precisando de apoio. Estão em transição da vida, com muitas dúvidas, então é uma grande oportunidade de criar conteúdo e estar mais próximos delas nessa evolução”, finaliza.