Economia

Inadimplência das empresas acompanha movimento da inflação

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Gráfico com seta verde-água para baixo

De acordo com Índice Multiplike de Devedores (IMD), em dezembro de 2024 mais empresas brasileiras estavam inadimplentes. Na comparação com novembro do ano passado (10,38%), houve aumento na inadimplência no último ano do mês (11,82%).

Para o CEO da Multiplike, Volnei Eyng, o comportamento da inadimplência acompanha a Selic. “O aumento de 1% na taxa de juros a partir de dezembro sinalizou o início de um novo ciclo de aperto monetário. Com a Selic projetada para ultrapassar os atuais 13,25% ao longo de 2025, os impactos já começam a se refletir em diversos indicadores econômicos; neste ano, com certeza veremos esse gráfico retomar uma curva de crescimento”, afirma o CEO da gestora Multiplike.

Esse movimento pode ser percebido quando, em 2023, a manutenção de juros elevados por vários meses provocou um aumento expressivo na inadimplência, com uma taxa média de 13,42%; por outro lado, em 2024, com a redução dos juros a taxa média de inadimplência caiu para 11,23%. 

Entre as dívidas de empresas de curto, médio e longo prazo, a principal categoria de inadimplência com mais alta foi daquelas que possuem vencimento de até 30 dias, saindo de 35,77% em novembro para 43,78% em dezembro.

Em dezembro de 2024, o patrimônio líquido dos  Fundos de Investimento em Direitos Creditórios (FIDCs) atingiu R$ 57,2 bilhões. A análise, que abrangeu uma amostra de 359 FIDCs, registrou aumento em relação aos 356 considerados no mês anterior. Nesse valor líquido, R$ 55,7 bilhões foram investidos em direitos creditórios, representando praticamente a totalidade dos ativos, enquanto R$ 6,5 bilhões em recebíveis não foram liquidados na data originalmente prevista.

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