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Economia

Copom reduz Selic em 0,5 ponto pela sexta vez seguida

Atitude já era esperada, mas deve ser a penúltima semelhante; setor produtivo pede redução ainda maior

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Notas de cem reais em sequência; Selic

Na última reunião do Comitê de Política Monetária, realizada entre 19 e 20 de março, o Copom anunciou mais uma redução de 0,5 ponto na taxa básica de juros, passando de 11,25% para 10,75%. Esta é a sexta vez seguida que o Comitê realiza o mesmo corte na Selic, tendo começado em agosto do ano passado. 

A decisão já era esperada por economistas, porém, o colegiado alterou a parte do texto que previa as próximas decisões, e deixou previsto mais uma redução de 0,5 apenas para a próxima reunião, em maio. Assim, há uma maior chance de a autoridade pausar ou modificar o ritmo de cortes a partir de junho.

“O ambiente externo segue volátil, marcado pelos debates sobre o início da flexibilização de política monetária nas principais economias e a velocidade com que se observará a queda da inflação de forma sustentada em diversos países. Os bancos centrais das principais economias permanecem determinados em promover a convergência das taxas de inflação para suas metas em um ambiente marcado por pressões nos mercados de trabalho. O Comitê avalia que o cenário segue exigindo cautela por parte de países emergentes”, afirmou o Copom em comunicado.

Por outro lado, o setor produtivo da indústria não recebeu o novo corte com tanto entusiasmo, e pede que a redução na inflação seja ainda maior e mais ousada. Em nova, a Confederação Nacional da Indústria (CNI) disse que o corte de 0,5 ponto é insuficiente. De acordo com as autoridades da indústria, o cenário econômico atual permitiria cortes mais generosos, o que impulsionaria o segundo setor no País.

“Mesmo tendo chegado ao menor nível em dois anos, o índice ainda é alto e trava a economia brasileira”, escreveu a presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e vice-presidenta da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Juvandia Moreira.

A Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan) pediu que o Copom não altere o ritmo de cortes, e que continue com reduções na taxa Selic nos próximos meses, uma vez que, de acordo com a entidade, a indústria vem sofrendo com juros ainda altos.

 Com informações de Agência Brasil

Imagem: Agência Brasil

 

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