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Economia

Fluxo de consumidores em lojas físicas cai 6% em outubro

No entanto, volume de vendas cresceu em relação ao mesmo mês em 2022

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Homem de camiseta preta e boné olha camisas em arara baixa, em loja de roupas de segunda mão; lojas físicas

O Índice de Performance do Varejo (IPV), conduzido pela HiPartners Capital & Work em parceria com a Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo (SBVC), revelou uma redução significativa no fluxo de visitantes em lojas físicas no mês de outubro deste ano, com uma queda de 6% em comparação ao mesmo período do ano anterior. Tanto as lojas de rua quanto as localizadas em shoppings foram afetadas, apresentando um recuo de 7%.

Desempenho e vendas em lojas físicas

Embora o fluxo tenha diminuído, o desempenho em vendas mostrou uma dinâmica diferente. O número de boletos registrou um aumento de 9% para lojas físicas em comparação com o mesmo período do ano anterior. Lojas de rua lideraram com um aumento de 13%, enquanto lojas em shoppings viram um crescimento de 3%.

Em relação ao faturamento médio nominal, houve uma variação de 18% no Brasil. Lojas de rua apresentaram um crescimento substancial de 24%, contrastando com um aumento mais modesto de 4% para as localizadas em shoppings. Essa mudança também foi refletida no ticket médio nominal, com um aumento geral de 8%. Estabelecimentos de rua registraram um crescimento de 10%, enquanto as lojas de shoppings viram uma contração de 1,5%.

Henrique Carbonell, CEO da F360, plataforma de gestão financeira responsável pelos dados do IPV, destacou: “Em outubro, vimos um aumento nas vendas e faturamento, apesar da redução no fluxo em comparação a 2022. Isso demonstra a eficácia das estratégias de atração de consumidores e evidencia um melhor gerenciamento de estoque e fluxo de caixa, com foco na eficiência operacional das equipes nas lojas físicas.”

Dados por região

A queda no fluxo de visitação em lojas físicas durante outubro de 2023 em comparação ao mesmo período do ano anterior foi comum entre as regiões. O Norte e o Nordeste registraram as maiores quedas, com 20% e 9%, respectivamente.

No entanto, em termos de volume de vendas, o movimento de alta foi generalizado em todo o Brasil, com destaque para o Nordeste, alcançando 14%, seguido pelo Centro-Oeste, com 11,5%. Nenhuma região apresentou queda nas vendas. Quanto ao faturamento nominal, a região Sul liderou com um crescimento de 23%, seguida pelo Nordeste, com 22%, apesar da queda no fluxo de visitantes.

Eduardo Terra, sócio da HiPartners e presidente da SBVC, comentou sobre os desafios enfrentados pelo setor varejista, mencionando o crescimento do mercado de apostas eletrônicas e a atuação de marketplaces chineses, que têm impactado negativamente os players brasileiros. Terra ressaltou a importância da proximidade das vendas do Natal e Ano Novo como uma oportunidade de retomada para o setor.

Fluxo de visitação entre setores

A pesquisa também apontou para a variação no fluxo de visitação entre setores. O segmento de artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos mostraram um crescimento expressivo de 40%, tanto em fluxo quanto em vendas e faturamento. Por outro lado, tecidos, vestuário e calçados apresentaram uma retração de 8%, apesar de um crescimento de 2% no acumulado do ano.

Flávia Pini, sócia da HiPartners, enfatizou a importância da integração de canais e da adoção de tecnologias emergentes para melhorar a experiência do cliente, aumentar a eficiência operacional e gerar impacto na redução de despesas ou na geração de novas receitas. “É uma agenda primordial para garantir o futuro do setor”, comenta.

Entre outros destaques do levantamento, o Índice de Cesta Básica no E-Commerce (ICB-COM) registrou uma queda de 1,5% em relação a outubro de 2022. No acumulado desde outubro do ano passado, o índice do Dieese para a cesta básica em lojas físicas apresentou uma queda de 3% em São Paulo. No volume de vendas, o Nordeste e o Centro-Oeste se destacaram com 14% e 11,5%, respectivamente, sem nenhuma região apresentando queda. No faturamento nominal, o Sul liderou com 23% de crescimento, seguido pelo Nordeste, com 22%.

No fluxo de visitantes, Norte e Nordeste registraram as maiores quedas, de 20% e 9%, respectivamente. O segmento de artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos teve um desempenho notável com um aumento de 40% no fluxo, 21% nas vendas e 30% no faturamento.

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Imagem: Envato