Inovação

Dark kitchens devem movimentar US$ 157 bi até 2030, diz estudo

Relatório defende que modelo é “futuro da indústria de restaurantes”

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Um estudo conduzido pela Coherent Market Insights aponta para um crescimento exponencial do mercado global de dark kitchens, prevendo que este alcance a impressionante marca de US$ 157,2 bilhões até o ano de 2030. Em contraste, em 2022, o setor já movimentava US$ 71,4 bilhões.

As vantagens desse modelo de negócio são destacadas no relatório, que ressalta a eliminação de custos operacionais associados ao atendimento presencial e à manutenção física dos estabelecimentos. A empresa responsável pelo estudo ainda enfatiza as dark kitchens como “o futuro da indústria de restaurantes”. O estudo abrangeu países de todos os continentes, como o Brasil.

O crescimento do uso de dispositivos móveis e o acesso facilitado à internet foram considerados os principais impulsionadores da simplificação dos pedidos online. Consequentemente, à medida que o acesso digital aumentou, também cresceu a demanda por alimentos e bebidas. Além da crescente demanda por esse tipo de serviço, empreendedores que adotam esse modelo de negócio também desfrutam de benefícios, como custos reduzidos e maior flexibilidade na gestão dos cardápios.

Um único estabelecimento pode operar sob diversas marcas, permitindo que uma variedade de pratos, desde pizzas até itens mais elaborados e sazonais, sejam preparados em uma única cozinha.

A expansão desse mercado é evidente em todo o mundo. Dados do India Brand Equity Foundation (Ibef) revelam que somente na cidade de Delhi, na Índia, existem mais de 20 mil dark kitchens em operação, quase triplicando o número registrado em 2019. Esse crescimento também é observado no Japão e em outros países pesquisados.

A previsão é que as cozinhas para delivery se tornem dominantes no mercado até 2030, o que significa que haverá mais opções de alimentação disponíveis para entrega em domicílio do que estabelecimentos físicos para refeições fora de casa.

É importante destacar que o crescimento desse setor já estava em curso antes da pandemia de COVID-19. No entanto, os períodos de isolamento aceleraram ainda mais a adoção desse modelo de negócio. Mesmo após o término da crise sanitária, os hábitos adquiridos durante esse período continuaram a influenciar o mercado.

O futuro das dark kitchens depende da oferta crescente de ferramentas de digitalização e automação. Para garantir o sucesso desse modelo de negócio, é essencial manter a organização, contar com uma infraestrutura versátil e encontrar formas de aumentar a capacidade de atendimento sem aumentar proporcionalmente os custos.

No Brasil, os dados da pesquisa Crest, realizada pela Mosaiclab em parceria com o Instituto Foodservice Brasil, apontam que os brasileiros recorrem ao serviço de delivery pelo menos uma vez por semana. O setor tem apresentado crescimento consistente ano após ano, representando 18% do faturamento do setor em 2022, em comparação com 12% em 2021. O gasto médio por pedido em 2022 foi de R$ 43,36, destacando a variedade de opções e a conveniência de receber os itens em casa como os principais atrativos para os consumidores.

 

Imagem: Reprodução/Getty Images

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