Comportamento

Brasil tem os colaboradores com menos estresse da América Latina

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Arlan Roque fala sobre sucesso

Um estudo da Betterfly, em parceria com a Criteria, apontou o Brasil como país menos estressado da América Latina, quando o assunto são os trabalhadores. Em comparação com os demais países do continente, o Brasil teve 34% de taxa de estresse, enquanto Colômbia (41%); México (42%), Perú (42%); Equador (43%); e Chile com o nível mais alto (46%) tiveram resultados mais altos.

Para a pesquisa, mais de 3 mil pessoas entre 18 e 65 anos, de empresas com mais de 100 colaboradores do Brasil, Chile, Colômbia, Equador, México e Peru foram entrevistados. No Brasil, foram 805 participantes – 417 mulheres e 383 homens. Entre os entrevistados, 526 eram das gerações Z e Y, e 278 eram das gerações X e Baby Boomers. 

Apesar dos resultados positivos na comparação com os demais países latinoamericanos, o Brasil teve aumento nos afastamentos por problemas mentais de 38% em 2023, segundo o Ministério da Previdência Social.

Vale lembrar que, hoje no Brasil, há o Certificado Empresa Promotora da Saúde Mental, de acordo com a Lei 14.831, de fevereiro de 2024, que concede o reconhecimento/honraria, pelo governo federal, a empresas que adotem diretrizes, como  implementação de programas de promoção da saúde mental no ambiente de trabalho e o combate à discriminação e ao assédio em todas as suas formas.

Perfil dos colaboradores com mais estresse

O estudo mostrou que o Nordeste do Brasil é 38% mais estressado do que as demais regiões, seguido de Centro-Oeste (35%). 

Surpreendentemente, São Paulo (32%) foi o estado menos estressado do Sudeste (32%). “Entendemos que isso pode ocorrer por uma questão de característica econômica, já que São Paulo é um polo mais avançado no país – com empresas que aplicam flexibilidade, inclusive com modelos de trabalho que envolvem home office ou híbrido”, comenta Roberta Ferreira, Diretora Global de Brand Experience da Betterfly.

Em relação à idade dos colaboradores, os mais jovens sofrem mais. As gerações Y e Z apresentaram 37% de taxa de estresse, enquanto os Baby Boomers e Geração X representam 29%. A pesquisa evidenciou que homens são mais estressados que as mulheres, com 36%.

“Quando os colaboradores se sentem valorizados, são mais propensos a investir seu tempo e esforço no sucesso da organização. Também há influência pela oportunidade de crescimento e desenvolvimento pessoal e profissional”, explica Ferreira. Em complemento a isso, ela destaca que a pesquisa mostrou que o estresse é maior em empresas que não oferecem benefícios (58%).

Transtornos mentais estão entre as três principais causas de afastamento do trabalho, conforme dados da Justiça do Trabalho. Portanto, o grande desafio do RH tornou-se não apenas atrair talentos, mas retê-los e promover engajamento. O estudo mostrou que 87% das pessoas engajadas não sofrem com estresse, o que evidencia a importância  da promoção da saúde mental e do bem-estar de seus colaboradores.

Pessoas com um bom ambiente de trabalho relatam níveis mais baixos de estresse: 39% dos que não têm um bom ambiente de trabalho declaram estresse no trabalho, 27% desses têm um ambiente de trabalho muito bom.

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