Operação
X faz parceria com a Visa para oferecer serviços financeiros
O X, empresa de mídia social de Elon Musk, anunciou uma parceria com a Visa para oferecer serviços financeiros, um passo rumo ao plano de Musk de transformar a plataforma em um “aplicativo para tudo”.
O novo recurso financeiro, chamado X Money Account, permitirá pagamentos entre usuários via cartões de débito e a transferência de fundos para contas bancárias, conforme publicado por Linda Yaccarino, CEO da X. O serviço estará disponível ainda este ano, segundo ela.
“Este é o primeiro de muitos grandes anúncios sobre o X Money este ano”, acrescentou Yaccarino.
Musk incluiu os serviços financeiros na sua visão para a X desde que adquiriu a antiga Twitter em 2022, prometendo transformá-la em uma plataforma que integraria pagamentos, transporte por aplicativo e outros serviços. No entanto, a adição de um componente bancário ao aplicativo tem avançado lentamente, em parte porque a X precisa de licenças estaduais para realizar transferências de dinheiro, além de aprovações regulatórias.
O acordo com a Visa permitirá que a X evite essa burocracia, utilizando a rede da Visa para transferências em vez de obter suas próprias licenças.
“A Visa Direct possibilitará que os usuários do X Money Account nos EUA financiem e transfiram dinheiro em tempo real com seus cartões de débito”, disse um porta-voz da Visa em comunicado.
Musk já tem experiência com aplicativos financeiros, tendo sido um dos fundadores do banco online que mais tarde se tornou o PayPal.
Atualmente, a X obtém a maior parte de sua receita por meio de publicidade. No entanto, o bilionário, que também dirige a Tesla e a SpaceX, há tempos promove planos para tornar a X menos dependente da publicidade, transformando-a em algo além de uma rede social — semelhante ao WeChat, um aplicativo popular na China.
Em uma apresentação para banqueiros que financiaram sua aquisição do Twitter em 2022, Musk projetou que a rede social geraria US$ 15 milhões com o negócio de pagamentos até 2023, com previsão de crescimento para cerca de US$ 1,3 bilhão até 2028.
A receita publicitária, que representava mais de 90% do faturamento da X na época da aquisição, seria gradualmente substituída por assinaturas e taxas do serviço de pagamentos, segundo o plano de Musk.
Contudo, grande parte desses planos ainda não se concretizou, e a plataforma segue fortemente dependente da publicidade.
Musk gerou polêmicas com anunciantes em diversas ocasiões, incluindo no final de 2023, quando usou um termo ofensivo para insultar empresas que reduziram investimentos na plataforma devido a suas ações na rede.
Imagem: Envato
Informações: Kate Conger e Stacy Cowley para NY Times
Tradução livre: Central do Varejo