E-commerce
Amazon responde a processo nos Estados Unidos
Processo movido por agência de defesa ao consumidor foi apresentado em junho
A Amazon esta semana respondeu ao processo da Federal Trade Commission (FTC) sobre “padrões obscuros” (dark patterns). A moção foi apresentada em junho no Tribunal Distrital dos Estados Unidos no Distrito de Washington.
A FTC alega práticas enganosas relacionadas à adesão, renovação automática e cancelamento da adesão ao Amazon Prime. No mês passado, a agência emendou seu processo para incluir os nomes de três executivos da Amazon e detalhes de documentos internos da empresa.
Na quarta-feira, em resposta, o gigante do comércio eletrônico apresentou uma petição para rejeitar a reclamação, argumentando que seus processos estão em conformidade com as leis e regulamentações existentes, inclusive com as recomendações de melhores práticas da FTC.
“Os processos de inscrição e cancelamento do Prime são claros e simples por design. Os clientes se inscrevem [no Prime] porque é um serviço incrível e de grande valor, e podem cancelar sua assinatura do Prime com alguns cliques na página inicial”, disse um porta-voz da Amazon por e-mail na sexta-feira. “Os processos de inscrição e cancelamento sempre atenderam a um padrão para os clientes muito acima dos requisitos legais. As alegações da FTC devem ser rejeitadas e o caso deve ser arquivado”. A FTC se recusou a comentar.
Em sua petição para a rejeição do processo, a Amazon contestou os argumentos da agência em várias frentes. A empresa minimizou as alegações da FTC em relação à decepção, em parte comparando seu processo de inscrição, renovação e cancelamento do Prime a qualquer marketing tradicional projetado para persuadir as pessoas a comprar algo.
A Amazon também contestou a insistência da FTC no uso de conceitos como “padrões obscuros” (dark patterns), que são interfaces de usuário projetadas para induzir os usuários online ou clientes de comércio eletrônico a fazer escolhas que não desejam, muitas vezes sem que percebam.
“Esse padrão inconstitucionalmente vago falha em traçar uma linha discernível entre a publicidade tradicional — cuja função principal é persuadir os consumidores — e práticas ilegais”, afirmou a Amazon em documentos judiciais.
A empresa também contestou o uso da agência de “discussões internas da Amazon sobre possíveis alterações no processo de inscrição que não foram implementadas ou foram implementadas apenas temporariamente”.
Quando questionados se alguns consumidores se sentiram enganados, a Amazon afirmou que eles representam “no máximo, um percentual de consumidores confusos de menos de um dígito.”
Escrita por Daphne Howland para Retail Dive
Imagem: Alura
