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Economia

127 lojas de shopping centers foram fechadas em agosto

Maioria de lojas fechadas é de empresas em reestruturação

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Imagem de uma loja dentro de shopping center

O mês de agosto foi marcado pelo fechamento de lojas de varejo nos principais shopping centers do Brasil. É o que afirma a equipe de analistas do Bank of America, que apontou 127 encerramentos de unidades de varejistas no oitavo mês do ano. 

A grande maioria das empresas que fecharam lojas nesse período passa por momentos delicados, com altas dívidas. Essas estatísticas fizeram com que o saldo do terceiro trimestre fosse de 45 lojas fechadas, com o levantamento abrangendo 146 shoppings e 28 mil unidades no total.

Entre as empresas que mais fecharam lojas no mês de agosto, a Polishop lidera o levantamento, com nove unidades a menos. A empresa vem sofrendo com a queda nas vendas pós-pandemia, que causou atrasos nos pagamentos de aluguéis e levou a processos de despejos. Em processo de reestruturação, a varejista fechou 22 lojas em shoppings só em 2023.

O segundo lugar da lista do Bank of America é compartilhado por quatro empresas: Triton, Puket, Ponto e Imaginarium. Cada uma delas encerrou cinco unidades em shoppings. Puket e Imaginarium fazem parte do grupo Uni.co, da Americanas S/A desde 2021. A gigante do varejo, em recuperação judicial desde o início do ano, deve se desfazer das companhias para reorganizar suas contas, em xeque desde a descoberta da fraude que maquiou seus resultados.

O Ponto, do grupo Casas Bahia, também está num contexto de reestruturação, com a previsão de fechamento de 50 a 100 lojas para obter melhores resultados no futuro. A expectativa do grupo é liberar R$ 1 bilhão em estoques só com o encerramento de unidades em déficit. 

Empresas como Tok&Stok (11 fechamentos), RiHappy (8) e Marisa (8) aparecem no topo da lista de encerramento de lojas no recorte que analisa o ano de 2023 inteiro, com dados de janeiro a agosto. Elas também se encontram em processos de reestruturação e renegociação de dívidas. A Marisa fechou 80 lojas recentemente, enquanto a RiHappy renegociou dívida de mais de R$ 289 milhões. A Tok&Stok, por sua vez, virou notícia por estar em conversas com a Mobly para uma possível fusão — as duas negam.

Imagem de uma loja dentro de shopping center

Varejo nos shopping centers também teve inaugurações

Quando o assunto é abertura de novas lojas, Criatiff e Milky Moo, respectivamente de moda e fast food, foram as empresas que mais abriram unidades no mês de agosto, com quatro unidades abertas de cada.

No recorte dos primeiros oito meses do ano, a Milky Moo foi a empresa que mais abriu unidades, com 23 lojas, seguida da Fini (15), Bagaggio (14), Life by Vivara (12) e Natura (10).

Aliansce Sonae e BrMalls lideram fechamento de lojas

O relatório do Bank of America também contabiliza os fechamentos de lojas dentro das nove maiores empresas do segmento de shopping centers. Aliansce Sonae e BrMalls (que se fundiram recentemente e se tornaram Allos), fortes no estado do Rio de Janeiro, lideram os encerramentos do mês, com 130 unidades a menos.

Como destaque positivo, a Multiplan contabilizou 11 aberturas de lojas em agosto, após um início difícil e marcado por diversos fechamentos. Os analistas do Bank of America, no entanto, apontaram que a empresa do setor de shoppings deve ficar atenta, pois seus custos de ocupação são mais altos que os concorrentes.

Imagem: Envato