Empresa de inteligência tributária ajuda mercados a ampliar margem

Uma das grandes batalhas dos supermercados está em reduzir os desperdícios para ampliar suas margens. Para isso, os empresários implementam rígidos controles em áreas como hortifruti, açougue, e mesmo junto aos demais produtos que ficam nas prateleiras. No entanto, as perdas do setor não se resumem a isso, e muitas vezes passam despercebidas por acontecerem longe dos olhos do varejista, como no caso dos tributos, por isso a importância da inteligência tributária.

“Como o imposto é oculto, a pessoa não consegue saber se aquilo que ela está vendendo vem sendo taxado da forma correta. E quando se trata de grandes redes, estamos falando de 20 a 30 mil tipos diferentes de mercadorias. Além de resultar em cobranças extras, o empresário ainda pode ser autuado e arcar com multas que partem de 75% do valor que deixou de ser pago”, esclarece Fábio Ferraz, CEO da Tributtax, empresa de inteligência tributária especializada no setor de supermercados.

Em conversa exclusiva com a Central do Varejo, o executivo explica como é feito o trabalho para eliminar esses riscos. Com o auxílio do robôs, que fazem o monitoramento das mais de 100 mudanças diárias de legislação nas esferas federal, estadual e municipal, a equipe da Tributtax checa todos os impostos declarados e pagos pelo varejista nos últimos 60 meses.

“Como encontramos muitos produtos pagando alíquotas maiores do que deveriam, ou que são isentos e estavam sendo tributados, muitas vezes esse levantamento traz dinheiro para o caixa com a recuperação de valores pagos a mais. Além disso, asseguramos que daqui em diante todos os cadastros sejam feitos de acordo com a lei, em um verdadeiro trabalho de compliance tributário”, aponta Ferraz.

Suporte especializado em inteligência tributária

Quando se trata de pagar impostos além do que deveria, o grande gargalo do varejista está no cadastramento de mercadorias. Além da enorme variedade de itens, cada um deles conta com regras específicas em cada estado da federação, o que torna virtualmente impossível o acompanhamento por quem não é especializado.

“Por exemplo, um achocolatado de 300g tem uma regra fiscal. Porém,  o mesmo achocolatado, da mesma marca, mas em uma embalagem de 600g, pode ter uma taxação diferente. Agora amplie isso para 30 mil itens. É um universo tão complexo que o varejista não consegue estar atento a todos os detalhes. O que ele sabe fazer é comprar e vender mercadorias”, aponta.

Outro ponto que prejudica bastante as margens dos supermercadistas é o enquadramento em um regime tributário inadequado. Muitas vezes, o negócio é taxado por lucro presumido ou pelo Simples Nacional, que são mais fáceis para o contador apurar, mas geram prejuízos ao empresário, afinal ele poderia pagar muito menos caso estivesse no lucro real.

“Temos casos reais de negócios que pagavam 5% do faturamento em impostos e passaram a ser taxados em no máximo 2%. É um segmento com margens baixas sobre a operação, de 4% a 6%, então reduzir o imposto em três pontos percentuais aumenta bastante a margem. Nosso principal ativo é o dinheiro. Entregamos para o cliente melhores resultados, mais economia e um caixa mais gordo para que ele invista, gere empregos e abra novos negócios”, encerra.

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