Economia

Intenção de consumo das famílias cresce em outubro

Resultado é melhor do que mesmo mês do ano passado, mas entidade ressalta crescimento tímido

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família fazendo compras no supermercado; PIB do Brasil cresce além das expectativas; intenção de consumo das famílias

No mês de outubro, as famílias brasileiras consumiram mais do que no mês anterior. A pesquisa de Intenção de Consumo das Famílias, realizada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), mostrou um leve crescimento em relação ao mês de setembro, com um aumento de 0,3%.

No levantamento da CNC, a zona favorável de intenção de compras dos consumidores se situa acima de 100 pontos. Na edição de outubro, o indicador chegou a marca de 104 pontos, embora a entidade deixe claro que o ritmo de crescimento do consumo das famílias venha em desaceleração.

De acordo com a confederação, a intenção de consumo das famílias cresceu 19,7% em relação a outubro do ano anterior, mas “o cenário econômico revela sinais de cautela entre os consumidores, à medida que se aproximam as principais datas comemorativas do comércio.”

Dos sete componentes da pesquisa de intenção de consumo das famílias, seis tiveram avanços: emprego atual (0,1% de crescimento), renda atual (0,2%), nível de consumo atual (0,4%), perspectiva de consumo (0,5%), acesso ao crédito (0,2%) e momento de aquisição de bens de consumo duráveis (2,4%). Apenas a perspectiva profissional diminuiu em relação ao levantamento anterior (-0,7%).

Por sua vez, todos os componentes da pesquisa cresceram em relação ao mês de outubro de 2022, com uma expansão considerável principalmente no item de intenção de compra de bens duráveis, que teve alta de 56,7%.

A CNC espera que o consumo apresente melhores resultados nas próximas datas comemorativas do comércio, como Black Friday e Natal, embora avaliem que o crescimento ainda deva ser tímido. De acordo com a responsável pela pesquisa, economista Izis Ferreira, a queda dos juros e o programa de renegociação de dívidas do governo “estão gradualmente facilitando o acesso ao crédito, embora as instituições financeiras ainda estejam seletivas por conta da inadimplência persistente.”

No levantamento, o número dos consumidores que acreditam estar mais fácil comprar a crédito foi o maior desde maio de 2020, com 29,8% dos consultados. No entanto, o número de pessoas que vê mais dificuldade é maior: 35,3%. “O alto endividamento e a inadimplência continuam limitando a capacidade de consumo das famílias, o que diminui os efeitos positivos da desaceleração da inflação na renda disponível”, apontou Izis Ferreira.

Em relação às faixas de renda, a intenção de consumo das famílias para os próximos três meses também apresentou leve crescimento, com 0,2% das famílias com renda mensal de até 10 salários mínimos observando um aumento na perspectiva de consumo. Nas famílias que recebem mais de 10 salários mínimos por mês, o avanço é de 0,5% quando comparado com o ICF do mês de setembro.


família fazendo compras no supermercado; PIB do Brasil cresce além das expectativas; intenção de consumo das famílias

Imagem: Envato

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