Liderança feminina no varejo: um caminho para a sustentabilidade e a equidade

No Mês Internacional da Mulher, refletir sobre a equidade de gênero no mercado de trabalho é essencial para avançarmos rumo a um futuro mais justo e sustentável. O Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS) nº 5 da ONU propõe a igualdade de gênero e o empoderamento de mulheres e meninas.

No varejo, setor que emprega milhões de pessoas globalmente, essa discussão se torna ainda mais relevante. Estudos comprovam que a diversidade de gênero na liderança não é apenas uma questão de justiça social, mas também de estratégia e rentabilidade. Segundo pesquisa da Gallup, equipes lideradas por mulheres são mais engajadas e menos propensas ao burnout. Além disso, empresas que promovem a equidade de gênero em cargos de liderança apresentam um aumento de 21% na lucratividade.

A liderança feminina traz habilidades essenciais para a construção de ambientes de trabalho mais sustentáveis e inovadores. Mulheres líderes tendem a criar espaços mais colaborativos e participativos, estimulando a troca de ideias e o crescimento dos colaboradores. Também possuem uma mentalidade de crescimento, investindo no aprendizado contínuo e incentivando a capacitação da equipe. Outro diferencial é a gestão emocional, sabendo equilibrar desafios e manter a motivação da equipe, o que resulta em um ambiente de trabalho mais saudável e produtivo.

O conceito de liderança equilibrada propõe um modelo de gestão que valoriza a diversidade e promove culturas organizacionais sustentáveis. No varejo, onde a experiência do cliente e a motivação dos colaboradores são fatores cruciais para o sucesso, ter uma gestão que equilibre habilidades técnicas e emocionais é um diferencial competitivo. Entretanto, ainda há desafios a superar. De acordo com projeções, demoraremos cinco gerações para eliminar a lacuna de gênero no mercado de trabalho. Para acelerar essa mudança, é fundamental que as empresas adotem medidas concretas, como programas de mentorias femininas, políticas de promoção igualitária e ambientes corporativos mais inclusivos.

Promover a equidade de gênero no varejo não é apenas uma responsabilidade social, mas uma estratégia inteligente para empresas que desejam prosperar em longo prazo.

A transformação para um setor varejista mais diverso, equitativo e sustentável passa por uma liderança equilibrada e pela valorização da presença feminina em cargos estratégicos. A equidade não pode esperar cinco gerações; a mudança precisa começar agora.

Imagem: Envato

*Flavia Mardegan é escritora internacional, duas vezes best-seller nacional e mestre em administração de empresas. Com 28 anos de mercado e mais de 22 mil pessoas impactadas, é CEO da Mardegan Transformation and Results, onde se especializa no desenvolvimento de áreas comerciais e de atendimento ao cliente. Reconhecida por sua abordagem empática, estratégica e orientada para resultados, lidera iniciativas que impulsionam a performance e aprimoram a experiência do consumidor. Sua empresa, signatária do Pacto Global da Rede Brasil – ONU, reforça o compromisso com práticas empresariais sustentáveis e de impacto social.