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Economia

Setor de serviços recua, após três meses de crescimento

Resultado negativo foi influenciado por performance abaixo do transporte de cargas

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logística e transporte de cargas; setor de serviços; microempresas exportadoras

Na última terça-feira (17), o IBGE, em sua Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), divulgou o volume de serviços prestados no país no mês de agosto. O setor retraiu 0,9% em relação ao mês anterior, após um ganho acumulado de 2,1% no período entre os meses de maio e julho.

A última queda do setor foi em abril, com um resultado negativo de 1,7%. Em agosto, 4 das 5 atividades pesquisadas tiveram resultados piores que no mês anterior, com o segmento de transportes tendo o pior resultado (-2,1%), com taxa negativa em todos os modais: terrestres (-0,9%); aquaviário (-1,3%); aéreo (-0,3%) e armazenagem, serviços auxiliares aos transportes e correio (-5,5%).

O resultado divulgado pelo IBGE mostra que o setor de serviços está 11,6% acima da última pesquisa feita antes da pandemia, em fevereiro de 2020, mas 1,9% abaixo de dezembro de 2022, o melhor resultado já obtido na série histórica.

O gerente da Pesquisa Mensal de Serviços, Rodrigo Lobo, aponta que o resultado negativo dos transportes foi influenciado, entre outros fatores, pelo recuo nas atividades de gestão de portos e terminais e de transporte rodoviário de cargas.

“A gestão de portos e terminais, que está dentro do subsetor de armazenagem, serviços auxiliares aos transportes e correio, vem apresentando perda de fôlego há algum tempo, registrando um impacto importante na pesquisa. O transporte de cargas, por sua vez, atingiu o ápice em julho de 2023, ou seja, está com uma base de comparação muito elevada”, explicou.

Rodrigo Lobo comenta que, desde o pós-pandemia, o transporte de cargas apresentou crescimento de receita por razões como o boom do e-commerce, que aumentou as demandas, e pelos recordes de safra da produção agrícola. No entanto, o analista aponta que a produção agrícola costuma ser mais concentrada no primeiro semestre do ano e destaca que o transporte de cargas deverá se comportar de maneira diferente nos próximos meses.

Os dados corroboram essa afirmação: o volume do transporte de cargas, que havia crescido 5,7% entre maio e julho, recuou 1,2% na pesquisa de agosto, fazendo com que o segmento esteja 1,2% abaixo do registrado em julho deste ano, ponto mais alto de sua série. 

Por sua vez, o volume de transporte de passageiros cresceu 0,7% em relação à pesquisa anterior. O resultado mostra uma recuperação parcial da perda de 2% no período entre junho e julho.

logística e transporte de cargas; setor de serviços

Imagem: Freepik